O Moinho está localizado na comunidade rural de Lageado dos Pintos, em Concórdia, distante de sete quilômetros da área urbana central. Atualmente, a moenda pertence a Vitorino Belter e Gelézia Lovatto Belter.
A trajetória do moinho de pedra iniciou com as famílias de Alfredo Rigo, Benjamim Ceolato e Domingos Ceolato, em Lageado dos Pintos. Inicialmente, a instalação tinha seus equipamentos impulsionados por um turbina movida a água.
Na década de 1970, o engenho produzia farinha de milho, farinha de trigo, erva-mate, canjica e descascava arroz. Em 1976, o Moinho sofreu um incêndio. Entre os prejuízos, estava a perda da pedra de granito, moedora de farinha branca de trigo.
Posteriormente, a família Ceolato o reconstruiu e administrou até meados da década de 1990. Em 2001, Vitorino e Gelézia Belter compraram a propriedade onde o engenho estava localizado.
Os novos proprietários foram incentivados pelos moradores da comunidade a reativarem o Moinho. Assim, Vitorino planejou várias ações para reabrir o espaço e buscou assessoria técnica para trabalhar com a atividade. Belter acabou localizando José de Araújo, residente em Aratiba – RS. José orientou Vitorino acerca dos procedimentos para colocar o moinho em funcionamento. A reinauguração do engenho ocorreu em junho de 2003 quando o casal Belter reabriu o espaço com as atividades.
Ressalta-se que os moinhos de pedra foram fundamentais na colonização de Concórdia, uma vez que garantiram a sobrevivência de caboclos e migrantes, além de terem movimentado a economia local.
Desta forma, como o Moinho da família Belter é um dos poucos exemplares de engenho de pedra existentes nos dias atuais, a Comissão Técnica do Serviço do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do Município de Concórdia (COTESPHAMC) tombou o imóvel como Patrimônio Histórico e Arquitetônico Municipal pelo decreto nº 5.760 de 03 de dezembro de 2013. O Moinho está presente na memória dos moradores de Concórdia e Lageado dos Pintos.
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